Poluição e degradação de recursos


Que soluções para os efeitos da actividade humana sobre o ambiente?

POLUIÇÃO E DEGRADAÇÃO DE RECURSOS




A poluição é, neste momento, um dos problemas mais preocupantes da Humanidade, e está associada: ao aumento da população, ao desenvolvimento urbanístico e à expansão industrial.
Este conceito baseia-se na alteração imprópria das características físicas, químicas e biológicas do ecossistema, pelo Homem, provocando distúrbios no meio ambiente e podendo originar consequências graves para a sobrevivência.
Os agentes da poluição – poluentes – são qualquer composto produzido pelo Homem que prejudique o meio ambiente. Podem ser físicos, químicos, ou sob a forma de energia (calor, luz ou radiação).


Existem diversos tipos de agentes de poluição:
·       Mutagénicos – provocam alterações no DNA, afectando células somáticas e germinativas, passando para a descendência. Foi este o caso que aconteceu às pessoas expostas à radiação em Chernobyl.

·        Cancerígenos – causa o aparecimento de cancro, por alteração do DNA.
·        Teratogénicos – causa defeitos no embrião, essencialmente nos primeiros 3 meses.

 




Existe poluição
Da água: A água é um recurso indispensável à sustentação de Vida na Terra, sendo por isso necessário preservá-la. No entanto, isto não acontece, e cada vez mais corremos o risco de não virmos a ter acesso a água limpa para consumo, no futuro.
Dá-se a eutrofização, em que uma determinada massa de água pobre em nutrientes, os adquire. Este facto vai provocar diversas alterações no meio aquático.
A Poluição aquática pode ser de vários tipos:
  • Biológica – causada essencialmente por detritos orgânicos, lançados frequentemente por esgotos. Além de alterar o ecossistema aquático, a água poluída transporta grande quantidade de agentes patogénicos (bactérias, vírus, …)
  • Física – poluição por resíduos radioactivos, que influenciam diretamente a transparência e temperatura da água, afectando a vida aquática.
  • Química – causada por despejos industriais em rios, não sofrendo decomposição.

Carta Europeia da Água:

Do solo: O solo é um ecossistema onde se desenvolvem as mais diversas formas de vida. Esta poluição afecta a superfície da crusta terrestre, por produtos químicos ou resíduos, tornando-se prejudicial ao Homem e a outras formas de vida.
Esta poluição pode ter várias origens:
  • Rural – o uso de fertilizantes e defensivos agrícolas são os principais poluentes neste tipo de poluição.
  • Urbana – provocada pelos resíduos provenientes das actividades económicas (indústrias, comércio), além dos resíduos provenientes de uso doméstico (aterros sanitários, esgotos).
Os poluentes provenientes destas origens não só acentuam os problemas de poluição, como também empobrecem as áreas de onde estes provêm.



Da atmosfera: Contaminação do ar por substâncias prejudiciais às formas de vida na Terra.
As actividades humanas ou fenómenos naturais são os responsáveis pelo aparecimento de poluentes atmosféricos.
Estes poluentes podem ser:

  • Primários – emitidos directamente para a troposfera.
  • Secundários – resultantes da reacção dos poluentes primários com os componentes do ar.


A poluição afecta essencialmente a troposfera e estratosfera.
Um dos problemas mais graves e com maior impacte ambiental provocados pela poluição atmosférica é o efeito de estufa.
O que é o efeito de estufa?
É um acontecimento normal e imprescindível, que tem como objectivo manter a temperatura da Terra constante.
No entanto, se a concentração de gases raros for alterada, o equilíbrio térmico da Terra vai ser também modificado.
Os gases responsáveis pelo efeito de estufa são: dióxido de carbono (CO2), clorofluorcarbonetos (CFC), metano (CH4), ácido nítrico (HNO3) e ozono (O3).
O aumento destas concentrações origina o consequente aumento do efeito de estufa.
O maior responsável por este acontecimento é o Homem, pois o aumento da população aumenta a quantidade de gases.
Consequências:
  • Alteração dos níveis de precipitação;
  • Destruição de ecossistemas e extinção de espécies;
  • Escassez de água potável;
  • Degelo dos glaciares que leva à subida do nível da água do mar;
  • Aumento de tempestades;
  • Avanço das zonas desérticas.





CONTAMINANTES DA ATMOSFERA, DO SOLO E DA ÁGUA E SEUS EFEITOS FISIOLÓGICOS




Que actividades humanas  têm contribuído para a contaminação da atmosfera, do solo e da água?
  • Emissões das fábricas e da indústria
  • Utilização massificada do transporte individual
  • Uso de detergentes e produtos de higiene não biodegradáveis
  • Agricultura
  • Centrais eléctricas

Porque razão são as águas residuais um dos factores de contaminação ambiental com maior risco para a saúde pública?
As águas residuais podem conter vírus, bactérias e substâncias tóxicas, podendo provocar cólera, diarreia, hepatites, etc.  Se estas alterarem a qualidade da água, as consequências repercutem-se pela sociedade, visto que é normal consumir água da torneira. Assim, há que ter uma grande atenção no tratamento de resíduos, que será abordado mais adiante.
Outra questão deve ser lembrada: a alteração da qualidade da água agrava o problema da sua escassez. 
 

Que efeitos provocam nos ecossistemas? E na saúde das pessoas?
O aumento do efeito de estufa, a redução da camada do ozono e as chuvas ácidas são dos mais famosos e visíveis fenómenos que afectam os ecossistemas. A contaminação da água e do solo também são causadores de desequilíbrios ambientais.


Chuvas ácidas
Quando os óxidos de azoto contactam com o vapor de água atmosférico transformam-se em ácido sulfúrico e nítrico, que ao se depositarem na atmosfera, dão origem a uma acidificação das chuvas (pH inferior a 5,6).
Os maiores problemas derivados das chuvas ácidas são:
·         Perdas enormes de produtividade na agricultura -  devido à acidificação dos solos
·         Morte de organismos e inviabilização de utilização de água para abastecimento populacional
·         Património danificado

Já falamos dos riscos da contaminação das águas para a saúde pública, mas a contaminação atmosférica também pode ter consequências. Dores de cabeça, náuseas, alergias, problemas cardíacos, alteração do DNA e afecções das vias respiratórias são exemplos do que podemos vir a sofrer pela alteração da qualidade do ar que respiramos.
                                                                                  
Quais são os principais contaminantes ambientais?
Em particular, o monóxido de carbono, dióxido de enxofre, dióxido de azoto, ozono, partículas em suspensão, são exemplos de contaminantes atmosféricos.  Os excrementos humanos e de outros animais, efluentes industriais, produtos de limpeza domestica, extracção mineira, escoamentos agrícolas e urbanos são os principais causadores de contaminação das águas, sendo em particular a deposição de lixo e o derrame de petróleo o grave problema dos oceanos.  Já em relação à contaminação do solo, as lixeiras e os resíduos agrícolas, industriais e mineiros são os principais poluentes, sendo que a contaminação do ar e da água também se repercute no solo.

Para mais informações consultar os quadros das páginas 347 e 364 do Manual da Santillana.


De que modo se podem controlar as emissões para a atmosfera?
É de salientar a importância de compromissos entre países diferentes pois, com os ventos, as emissões de um país podem ter consequências não nesse, mas noutro. 
Com um plano de controlo das emissões industriais e políticas ambientais é possível não ultrapassar um limiar desfavorável de poluição atmosférica. Pode passar por compromissos internacionais (como Quioto), pelo investimento em energias renováveis e na agricultura sustentável, pela sensibilização do uso de transportes públicos,pelo controlo da desflorestação e reflorestação de zonas degradadas, pelo fim da emissão de CFC's, ou até pela colocação de filtros que removam partículas poluentes das indústrias.


QUERES CONTAMINAR MENOS?
  • Porque não usar shampoo biodegradável?
  • E não deitar o óleo para o esgoto...
  • Andar de autocarro também não custa nada!
  • Separa o lixo e recicla o máximo que puderes.
  • Não é um bom programa em família ir plantar uma árvore?


TRATAMENTO DE RESÍDUOS



Um resíduo é uma qualquer substância ou objeto de que o ser humano pretende desfazer-se por não lhe reconhecer utilidade. A produção de resíduos é causadora de poluição e tem vindo a aumentar com o desenvolvimento socioeconómico e tecnológico das sociedades.

À medida que se verifica o desenvolvimento de muitos países e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes, acumulam-se diariamente enormes quantidades de resíduos, especialmente nos grandes centros urbanos.


“Como tratar os resíduos convertendo-os em produtos úteis?”






A designação de resíduos sólidos urbanos (RSU) é uma expressão abrangente que se refere não só à mistura de materiais que têm proveniência doméstica mas também engloba os resíduos com origem em outras actividades como a indústria, hospitais e outros.

Aterros sanitários

Durante muito tempo, os resíduos produzidos eram lançados em terrenos baldios, o que originava amontoados a céu aberto, vulgarmente denominados lixeiras, que além dos problemas estéticos criados por essa deposição eram fontes de graves problemas da saúde pública, uma vez que os resíduos eram lançados de forma indiscriminada e sem qualquer monitorização posterior.
Uma das soluções relativas à gestão dos RSU passa pelo seu confinamento no solo. Considera-se aterro sanitário uma instalação que tem como objetivo a deposição de resíduos acima ou abaixo da superfície topográfica do solo. Os aterros sanitários devem ser construídos em locais com caraterísticas geológicas adequadas, com um enquadramento paisagístico adequado e um controlo rigoroso dos resíduos depositados, são revestidos com materiais impermeáveis, como argila ou plástico, que previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.
Num aterro sanitário, os RSU são depositados de forma controlada e sujeitos a um conjunto de operações de forma a permitir o controlo da estrutura sanitária deste tipo de instalação. Para que o aterro seja explorado corretamente, é necessária a implantação de uma rede de drenagem de águas pluviais, uma rede de drenagem de águas lixiviantes, uma rede de drenagem de biogás e a realização de uma monitorização da qualidade das águas subterrâneas. As substâncias lixiviadas são recolhidas e enviadas para uma estação de tratamento e os gases produzidos pelas bactérias decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção de energia. Após ter sido atingida a capacidade-limite do aterro sanitário, procede-se ao seu encerramento e selagem. A manutenção e o controlo destas instalações após o encerramento são aspetos fundamentais que devem ser tidos em conta, de forma a evitar a degradação ambiental onde estes sistemas estão implantados.

Incineração

Uma das formas de tratamento dos RSU compreende a sua valorização energética através de um processo de combustão controlada. A incineração é um processo químico por via térmica que permite a recuperação energética calorífica produzida.
As centrais de incineração, mesmo com processos de otimização que permitem minimizar a produção de determinados poluentes, podem gerar subprodutos. Segundo alguns especialistas, esta forma de tratamento de resíduos sólidos urbanos pode incentivar a produção de maior quantidade de resíduos, em vez de se apostar numa política de valorização através de processos como a compostagem e a reciclagem.

Reciclagem

Reciclar tem inúmeras vantagens, podendo salientar-se: a diminuição da procura de novas matérias-primas, a redução do consumo de energia e de água, da desflorestação e da poluição atmosférica. Reciclar implica separar os resíduos para que possam ser processados em novos produtos.
Permite minimizar os impactes ambientais antrópicos e, em simultâneo, originar benefícios sociais e económicos muito significativos. É o reprocessamento de resíduos num processo de produção, para o fim original ou outros fins. Apenas uma pequena percentagem desses resíduos está a ser valorizada, quer através da retoma para a reciclagem quer na transformação em composto.

Alguma curiosidades sobre reciclagem : http://www.algar.com.pt/pt/


Compostagem

Decomposição, em condições controladas, de resíduos orgânicos por bactérias aeróbias. Os resíduos que podem ser sujeitos a este método, pela acção de microrganismos normalmente já presentes nos próprios resíduos, são os produtos orgânicos biodegradáveis que produzimos.
O produto obtido designa-se composto e é um material estável que pode ser utilizado para o melhoramento de solos e das culturas, sendo usado como fertilizante orgânico.












Águas Residuais são águas que foram utilizadas em atividades domésticas, industriais ou agrícolas e que contêm uma grande variedade de resíduos. O tratamento de águas residuais é deito em estações de tratamento, ETAR. Nestas estações, as águas residuais são sujeitas a tratamentos que removem os poluentes e o efluente final é devolvido ao ambiente.





"Quais as medidas mais adequadas para o tratamento de materiais tóxicos?"

Alga marinha pode ser uma aliada no tratamento do material tóxico


Em tempos de crescente preocupação com a poluição ambiental, um aliado pode vir do mar. Um tipo de alga, abundante nas costas brasileiras, está sendo testado com sucesso pelo pesquisador Antonio Carlos Augusto da Costa, da Uerj, no tratamento de material contaminado por metais pesados. Devido à sua constituição química, aSargassum filipendula – chamada de sargaço – tem mostrado boa capacidade de absorção, adaptando-se até ao processamento de resíduos radioativos. A alternativa também é vantajosa economicamente, uma vez que o custo de um quilo de sargaço chega no máximo a R$ 2, bem mais barato que o material utilizado hoje.
O estudo foi contemplado pelo programa Primeiros Projetos, da FAPERJ, e conta com recursos do CNPq. “Estudamos vários tipos de algas com capacidade de acumular efluentes tóxicos”, conta Antonio Carlos, que desde sua tese de doutoramento, em 1997, vem pesquisando o assunto.  Depois de testar algas verdes, vermelhas e marrons, percebeu que estas últimas são as que mais se adaptam ao projeto. “O principal componente dessa Sargassum é o alginato, cuja característica é ter vários grupamentos negativos que atraem metais. Isso acontece porque, dissolvidos em água, ou seja, presentes em efluentes industriais, esses metais se tornam positivos”, explica.
Animado com o projeto, que, em fase final, busca soluções para possíveis problemas na aplicação real dessa tecnologia, o professor Antonio Carlos já está dando andamento a um primeiro desdobramento de sua pesquisa: o tratamento de rejeitos contaminados com resíduos radioativos. “Esta é a tese de mestrado de Marta Cristina Picardo, que a está desenvolvendo sob minha orientação e da professora Ana Cristina de Melo Ferreira, do Instituto de Radioproteção e Dosimetria, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)”, disse.
“Até então, vínhamos testando o sargaço em materiais mais comuns, como cádmio, manganês e cobre. Agora, estamos pesquisando o tório, que além de metal pesado é radioativo”, diz. Os resultados têm sido semelhantes aos obtidos anteriormente. “Não sabíamos o que podia acontecer. Mas como a alga já está morta, não sofre os efeitos da radiação e por isso tem igual desempenho e absorve bem os rejeitos tóxicos”, explicou o professor. Como aplicação prática imediata, o sargaço poderia substituir o material atualmente usado para análise de amostras de água, solo e plantas coletadas no entorno de usinas nucleares, e também para o tratamento do resíduos radioativos do próprio Instituto de Radioproteção e Dosimetria.
A aplicação da alga também se volta para o uso na indústria de petróleo, na galvanoplastia, em fábricas de tintas e em qualquer outro tipo de planta industrial cujos resíduos contenham metais pesados, como chumbo, mercúrio e cobre. Hoje, para tratar este tipo de efluentes, as empresas são inteiramente dependentes da resina importada, que tem um custo de R$ 1.300 por quilo. Preço significativamente mais alto que os R$ 2 por quilo de alga.
Abundante no Nordeste e no litoral fluminense, a Sargassum filipendula pode ser encontrada em Sepetiba e por toda a Costa Verde, nas praias de Angra dos Reis, Parati e Ilha Grande. Seu uso está longe de provocar qualquer tipo de impacto ambiental. “A alga que chega às praias, na verdade, é parte da planta que nasceu nas profundezas do mar, cresceu e, por qualquer motivo, se desprendeu, chegando já morta à areia”, explica o pesquisador. Além de causarem má impressão aos banhistas quando aparecem boiando nas águas, sob a ação do sol, elas apodrecem na beira da praia e costumam causar mau cheiro. “Sua utilização como matéria-prima, portanto, além de criar uma alternativa de renda para catadores, ainda seria uma forma de limpeza da areia”, diz o pesquisador.
Todo o processo, por sinal, é de enorme simplicidade e baixo custo.  A alga, adquirida in natura, é lavada — no laboratório, isso é feito manualmente, já que a quantidade é pequena —, para retirar-se areia e sujeira, e posta a secar. “A secagem pode ser feita ao sol ou em estufa, a temperaturas entre 50º e 60º, durante 24h”, explica. Uma vez seco, o sargaço, agora transformado em biomassa, é colocado em tubos acrílicos transparentes, ligados a uma bomba de alimentação, que, por sua vez, está ligada ao recipiente com o material tóxico a ser tratado. Quando a bomba é ligada, o material tóxico entra no reator tubular, atraído pela biomassa.
Em seguida o material passa por uma espécie de filtragem. “O que vai subindo à superfície do tubo é o material já tratado, enquanto os resíduos metálicos ficam presos à biomassa”, diz o professor Antonio Carlos. Quando a biomassa fica saturada, chega a hora de submetê-la ao tratamento oposto: um banho numa solução de ácido mineral serve para separar os metais captados. “Outra vantagem a ser considerada é que se consegue reduzir de forma significativa a quantidade do material contaminado que precisará ser estocado. E o que resulta dessa redução, dependendo do tipo de metal, pode até ser reciclado”, prossegue o pesquisador. O que seria o caso do alumínio, cobre, ouro, prata e platina, usados em laboratórios de análises clínicas, de fotografia e de revelação de raios X, que, em geral, trabalham com prata.
Essa redução é mesmo significativa. “Depois de passar pelo processamento com biomassa, cada 100 litros de solução com resíduos metálicos se transformam em 200ml. Ou seja, 0,2 litros”, entusiasma-se o professor. O que também pode ser visto de outra forma: cada grama de sargaço é capaz de absorver de 60 a 80mg de metal, o que é considerada uma boa performance. Especialmente se comparada à resina de troca iônica, que absorve de 40 a 50mg de metal por grama. “Mesmo se pensarmos que a resina pode ser reutilizada inúmeras vezes, enquanto o sargaço tem vida útil de três a quatro vezes de uso, a diferença de preço ainda compensa”, compara Antonio Carlos.
Sem contar que a instalação do equipamento também tem custo praticamente nulo. “Na indústria, as mesmas instalações que hoje são usadas para a resina podem vir a ser utilizadas para a biomassa. Seria o caso apenas de uma troca de matéria-prima”, conclui o professor.
(Fonte: http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=2804)




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